Trabalhar, estudar, se alimentar e até mesmo se divertir já não é mais a mesma coisa, e já faz algum tempo. Desde a chegada da pandemia, as pessoas mudaram de forma significativa todos os seus hábitos. Tudo isso, por conta das normas e recomendações de controle da doença. A situação de pandemia que se alastrou exigiu o mínimo de contato. Com isso, o distanciamento social sugeriu estado de quarentena. Porém, todo este contexto ainda é muito vago, pois o novo vírus é de fácil transmissão. Mas o que se sabe é que a vida não para e a rotina precisa continuar, mesmo que de forma adaptada.
Em casa, os filhos acompanham mais de perto o trabalho dos pais. Os responsáveis pelos pequenos, por sua vez, estão mais perto da rotina dos filhos. Tudo isso, muitas vezes, acontece em paralelo com atividades da casa. Sem contar as outras tantas tarefas e projetos que nos propomos a realizar. Assim sendo, neste cenário é notável, inclusive, o surgimento (e consequentemente uso intenso) de novas palavras no vocabulário. Nunca foi tão comum compreender o “home office” ou o “homeschoolling” nos diálogos que acompanhamos.
Entenda a importância de se adaptar a rotina escolar
Muitas escolas e cursos ainda não apresentavam uma estrutura digital. E sem algo que permitisse uma rotina escolar à distância, as instituições não souberam como proceder. É lógico que aquelas que já haviam feito algum tipo de inserção, tiveram menos dificuldades. Com isso, foi possível registrar que estas instituições de ensino:
-
Tiveram menos evasão escolar, já que mantiveram certo vínculo;
-
Os pais e responsáveis ficaram satisfeitos, já que, de casa, puderam conferir o contato da escola com os alunos por meio dos professores;
-
Estes locais sofreram muito menos com inadimplência, já que há registros e demonstrativos do trabalho que é feito;
-
Houve uma continuidade do processo de ensino, que não precisou ser interrompido.
É preciso se reconhecer as alternativas para se reinventar
Escolas e professores precisaram, de repente, se reinventar e aprender a produzir aulas remotas e usar a tecnologia. Em casa, famílias também tiveram que sentar ao lado das crianças, compartilhando espaços, o computador, o celular e o tempo. Além disso, tiveram que relembrar conteúdos para ajudar os filhos nas tarefas de diversas áreas. Ciências Naturais, Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia, Inglês, entre outras.
Com ou sem ferramentas, por mais diversas que elas possam ser, dar este suporte educacional não é fácil. Pelo contrário, pode ser bastante complexo e trabalhoso. E ainda que haja muita aproximação de pais e filhos, há reflexões que permeiam este processo e é preciso respondê-las.
Ensinar sem ter conhecimento específico de cada conteúdo, ou mesmo sem ter se preparado ou estudado para tal, intimida. E, ainda que seja possível ensinar sem encontros presenciais, não anula disciplina e cronogramas. A família, inclusive, tem um papel mais importante na educação escolar dos para perceber isso. É preciso compreender, de fato, o que é educação. A partir daí, outras questões surgem, e junto com elas, outras preocupações.
Algumas perspectivas interessantes
Nem todos têm o mesmo acesso ao ensino e ao conhecimento. Aliás, há diversas pessoas que não possuem acesso nenhum. E, neste momento de pandemia, os conteúdos curriculares talvez nem sejam os mais relevantes. Afinal, é importante desenvolver técnicas e conhecimento teórico. Todavia, há outras tantas tarefas de bastante valor e que podem ser melhor exploradas neste período. A aproximação da família em ambiente doméstico tende a favorecer mais estas ações, como cozinhar juntos e arrumar a casa em parceria, por exemplo. Sem contar atividade mais divertidas, como cantar músicas, ver filmes, ler histórias, conversar com amigos e familiares utilizando a tecnologia. O descanso coletivo também é convívio, e o convívio é fundamental para estreitar laços. Aprender a conviver também é, talvez, uma aprendizagens tão importantes quanto outra, ou até mais.
Por isso, com vista no melhor aproveitamento deste convívio entre pais e filhos algumas sugestões foram elaboradas. Confira algumas dicas para organizar a rotina de estudos em casa durante a pandemia:
-
Os pais ou responsáveis precisam buscar conhecer junto com os filhos a plataforma, canal de comunicação, ambiente virtual, em que serão disponibilizadas as matérias;
-
Mantenha a rotina com os filhos é preciso. Horário de dormir e acordar, tomar o café da manhã, almoçar, realizar as atividades da escola como faziam;
-
Prepare o material escolar da criança: caderno, estojo, deixando tudo organizado para assistir à aula;
-
Organize o espaço onde a criança assistirá à aula, de preferência um lugar arejado, tranquilo e claro;
-
É necessário assistir à aula completa;
-
É importante que a criança registre os conteúdos no caderno, folha ou material que tiver disponível;
-
A concentração é importante, então cuidado para que outros ruídos de televisão e conversas não distraiam a criança;
-
É importante montar um cronograma organizando os horários de estudo e as entregas de trabalhos e avaliações;
-
Os jovens podem realizar esta etapa com mais autonomia, para que não se sintam pressionados;
-
Combinar a pausa das suas atividades de home office com o intervalo dos filhos: é importante respeitar os intervalos, assim como no colégio;
-
Valorizar a realização de atividades domésticas junto com as crianças: cozinhar, colocar a mesa, tirar o pó dos móveis. Isso também é um momento de aprendizagem;
-
Reservar momentos para o lazer: assistir a filmes, ler livros, ouvir música e brincar também são atividades importantes.
Em prol de melhores perspectivas
Além desta realidade, há ainda pais que precisam continuar se deslocando até o trabalho, impedidos de permanecer em casa, mesmo que os filhos fiquem. Porém, mesmo assim é muito importante tentar manter um acompanhamento de suas aulas. Estabelecer uma rotina e acompanhá-los quando retornarem é muito positivo para o desenvolvimento deles em sala de aula e na vida. Será um período que vai marcar a todos. Lembranças boas e outras nem tanto consolidam esta época. Assim, repensar ritmo, recriar afetos e pensar novos caminhos para a educação podem ser boas tarefas de quarentena. Conheça o aplicativo escolar Connect Escolas.