A gestão escolar participativa é um modelo de gestão escolar que dá voz a alunos, pais, encarregados de educação, professores e funcionários e permite que todos os envolvidos na vida da instituição contribuam para uma melhoria significativa.
Quando uma escola adota a gestão participativa como uma de suas diretrizes na gestão, ela naturalmente informa que se tornou uma instituição mais atenta às diversas realidades que ali existem e que quer construir juntos o seu presente e o seu futuro.
O que é a gestão escolar participativa?
A gestão participativa é um modelo de gestão utilizado por empresas e instituições de diversas áreas, em que prevalece o envolvimento dos colaboradores e demais interessados nos resultados dessas organizações para a análise de problemas, desenvolvimento de estratégias e implementação de soluções. Os colaboradores são especialmente convidados a participar do processo decisório da empresa e suas ideias e sugestões são acolhidas por meio de atividades como definição de metas, objetivos, processos e até planos de trabalho.
Outras formas de implementar a gestão participativa incluem: aumentar a responsabilidade dos funcionários (enriquecimento do trabalho); criar equipes autogerenciáveis; criar comitês de qualidade de vida e bem-estar ocupacional; e estabelecer políticas de feedback.
Quais são as características da gestão participativa na escola?
A gestão escolar participativa tem algumas características especiais para esse nicho de atuação, pois é uma forma democrática de gestão que envolve a comunidade escolar na gestão da instituição. Mas, ao contrário de uma empresa, esse envolvimento de figuras importantes, como familiares e alunos, não significa que eles terão voz direta no processo de tomada de decisão. Ao contrário, a ideia é que eles participem ativamente da vida escolar, sintam-se parte dela e colaborem com visões e informações que possam melhorar o projeto pedagógico, a infraestrutura, o relacionamento interpessoal etc.
Nesse sentido, a comunidade escolar é envolvida em algumas etapas do processo decisório, como a reestruturação ou até mesmo a criação da estruturação do projeto político-pedagógico (PPP), a implementação do projeto e a participação em atividades conjuntas.
Vejamos agora algumas características, como a utilização de um modelo de liderança horizontal com foco no diálogo, que possibilita a colaboração, a confiança e a liberdade de falar e ouvir; proporcionar a necessária flexibilidade e abertura à mudança na busca de uma educação inovadora; considerar em algum nível as opiniões e perspectivas de todos os atores da escola; promover a autonomia de professores e funcionários, além de respeitar e considerar os comentários e questionamentos individuais de alunos, pais e familiares; eles tentam resolver os conflitos com mais facilidade.
Quais são algumas dicas para incorporar a gestão participativa em sua escola?
Implementar a gestão participativa em uma escola requer planejamento e estratégia, mas pode começar com ações simples que requerem uma nova abordagem da cultura organizacional ao invés de grandes investimentos financeiros. Aqui estão algumas dicas para incorporá-lo em sua instituição!
Estimular o diálogo com a comunidade escolar
Para iniciar a gestão participativa em uma escola, é necessário primeiro criar conexões entre alunos, pais e responsáveis e as equipes docente e administrativa. Esse gesto é importante para estabelecer confiança mútua e ampliar o diálogo na escola.
Expandir o conceito de gestão colaborativa
Nas esferas acadêmica e administrativa, adotar um modelo de gestão colaborativo para que docentes e funcionários trabalhem juntos e compartilhem informações e responsabilidades de forma orgânica. Isso favorece a articulação entre as secretarias, tornando os setores escolares menos fragmentados.
Fortalecer as relações entre pais, professores e administradores
Para que pais, professores e gestores tenham uma relação mais próxima, é importante incentivar encontros periódicos para que todos possam se conhecer e trocar ideias.
Além das reuniões pedagógicas oficiais, procure criar eventos nas horas vagas, para que quem trabalha o dia todo possa estar presente na escola, por exemplo. Além disso, aproveite as possibilidades do mundo digital para realizar atividades online.
Faça do diretor da escola um mediador
Para estimular a participação de toda a comunidade escolar na governança, os coordenadores e diretores pedagógicos devem atuar como facilitadores na construção de um diálogo saudável com professores, funcionários, alunos e responsáveis. Essa atitude é importante não só para estimular todos a se posicionarem, mas também para “acalmar” um determinado ponto da instituição.
Criar conselhos de pais e alunos
Os conselhos de pais e as associações de estudantes são importantes para a integração das famílias e dos alunos na escola. Enquanto os conselhos de pais alertam para questões pedagógicas e administrativas e também “fiscalizam” a transparência das atividades de gestão, os grêmios estudantis atuam como representantes estudantis, trazem demandas, geram iniciativas e “animam” as salas de aula com eventos esportivos, culturais e sociais.