Início Aluno Abordando profissões com os alunos do ensino médio
O Ensino Médio é a porta de entrada para a vida adulta. E é
justamente nesta faixa escolar que os professores e coordenadores devem abordar o tema
trabalho e qual profissão seguir com todos os seus alunos. Portanto, algumas estratégias
devem ser desenvolvidas para ajudar esse novo adulto a ingressar no mercado de trabalho
de
maneira correta, seja na opção por cursos profissionalizantes ou pela escolha de qual
faculdade seguir.
Como vivemos num mundo cada vez mais repleto de informações, o
que ocorre principalmente pela globalização baseada na tecnologia, é essencial saber
abordar
o assunto. Os alunos de hoje estão cada vez mais indecisos e perdidos diante deste
universo
de muito conteúdo, mas ao mesmo tempo questionadores. Isso dificulta a escolha do
caminho a
seguir.
Quais estratégias o professor deve seguir para ajudar na escolha
da profissão do aluno
Em primeiro lugar, o professor deve saber que a educação para a
carreira deve ser um processo que pode ajudar os jovens a adquirir competências-chave para o
desenvolvimento profissional e democratizar o acesso à orientação vocacional, atualmente
restrita a muito poucos. A preparação para a escolha da profissão deve partir desde o
primeiro ano do Ensino Médio, através de práticas utilizadas dentro e fora de aula. Porém,
isso ocorre normalmente somente no último ano do Ensino Médio.
Ações como visitar uma feira de profissões, promover um encontro
com profissionais da área e submeter o aluno a testes vocacionais devem fazer parte do dia a
dia desse estudante. E indo mais longe: essa aproximação entre trabalho e escolha deveria
vir desde a primeira infância através de disciplinas específicas.
Não há dúvidas de que escola é uma importante mediadora nas
conexões com a família, a sociedade, o mercado de trabalho e as universidades. Logo, a
escola deve adquirir os recursos
necessários que ajudem a consolidar a função da escola como rede formadora de pessoas que
terá o trabalho não somente como uma atividade de subsistência, mas como uma extensão de
realização.
Outro ponto a se levantar é que todas as profissões devem ser
esmiuçadas de maneira profunda através de programas escolares específicos. As habilidades
necessárias para cada uma, bem como aptidões e áreas de interesse, devem ser levantadas a
todo o momento. O mercado de trabalho de cada profissão também deve ser explicado,
principalmente a inserção de cada uma no cenário atual. Isso faz com que o estudante
realmente possa conhecer cada profissão profundamente e, assim, escolher com mais precisão
ao avaliar seus pontos fracos e fortes.
Escolhas superficiais levam à evasão na faculdade e troca de
curso
Da maneira como acontece hoje, os alunos acabam por abandonar a
faculdade. As escolhas, por acontecerem de maneira superficial, não se sustentam. No Brasil,
a evasão universitária atinge números expressivos, próximos a 30% no primeiro ano da
graduação, sendo que muitos trocam de curso mais de uma vez. Já na escola, a indecisão sobre
que profissão seguir resulta em baixa motivação para concluir os estudos, além de
sentimentos como ansiedade e insegurança.
Diante deste novo cenário, programas voltados à educação para a
carreira têm sido testados com sucesso em diversos países da Europa, da América do Norte e
da Austrália. O primeiro usado é o modelo cognitivo, que se caracteriza pela transmissão de
informações pelos professores de impressos informativos sobre as carreiras e de material de
apoio; o segundo é o modelo vivencial que se integra ao modelo cognitivo através de recursos
tecnológicos; por último o modelo experiencial, que é baseado em situações
vivenciais: contatos com profissionais e visitas a empresas e fábricas, por exemplo, são
estimulados.
Com todo este material em mãos, a escola deve levar em
consideração que este mergulho nas profissões é essencial para a geração Z, os chamados
nativos digitais, terem a chance de escolher a profissão mais adequada a seguir.
Por ser uma geração mais dispersa naturalmente, é fundamental que
a escola se posicione e ajude, juntamente com os familiares, a formar adultos que façam a
diferença através da escolha de suas profissões.