Parece recente, mas o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) é realizado no Brasil desde 1998. No início, o grande objetivo era apurar como estava a qualidade de ensino no país, de escolas públicas e privadas. A adesão foi tamanha que, ao longo dos anos, o exame se modificou e passou a apresentar e validar novas perspectivas. Desde 2009, a nota do ENEM pode substituir a necessidade de uma prova de vestibular, em várias instituições privadas de graduação. Além disso, ele facilita o caminho para quem deseja conquistar uma bolsa total ou parcial e ainda algum tipo de financiamento para ingressar em uma faculdade ou universidade.
A prova é, de fato, muito importante, e pode ser uma bela carta na manga para quem realmente leva os estudos a sério. Como abrange todas as disciplinas vistas até o ensino médio, é fundamental que os estudantes se sintam confiantes na hora do exame. Como se sentir confiante? Só tem uma opção: estudando! Veja como seguir um plano de estudo para o ENEM.
Plano de estudo ENEM: quatro passos para você atingir bons resultados
1 – Organização e disciplina
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Com tantas matérias para estudar, conteúdos importantes para gravar na cabeça, você vai precisar de muita disciplina. Alguns contam com o privilégio de acompanhar aulas pagas (populares cursinhos pré-ENEM e pré-vestibular), mas essa ainda não é a realidade da maioria no Brasil. Porém, seja nas salas do cursinho ou sozinho em casa, ter organização é fundamental em qualquer situação. Comece no seu ambiente de estudos: organize a mesa e separe os materiais de acordo com o conteúdo a ser desenvolvido naquele dia. Por exemplo: se a atividade é de matemática, mantenha apenas o caderno, os livros e itens que podem auxiliar nas atividades (calculadora, lápis, borracha). Quando trocar de disciplina, limpe novamente a mesa e coloque o material da matéria que dará sequência ao seu plano de estudo. Não acumule e nem misture os livros e cadernos. Isto pode gerar ansiedade, o que vai tirar completamente o seu foco.
2 – Planejamento de conteúdo
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Pense na distribuição das matérias ao longo da semana e no tempo que você vai ter para se dedicar a cada material. Crie um calendário (físico ou virtual, mas acessível, porque também não vai funcionar montar um calendário e não lembrar de segui-lo). Para fazer isto de maneira equilibrada e não se frustrar com o tamanho de cada demanda, se questione: normalmente, como eu me sinto nas segundas-feiras? É bom dia para estudar números ou textos? – Pense nas suas respostas e faça sua escala semanal para estudar cada matéria. Tente cumprir o mesmo horário todos os dias, tanto para iniciar quanto encerrar as atividades. Assim, seu cérebro e seu corpo vão se acostumar mais fácil com aquele período que não deve passar por procrastinação, preguiça ou falta de foco. Assim como o calendário, seu planejamento precisa de disciplina. Não se sabote.
3 – Foco
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Citamos a palavra “foco” no item anterior, pois ele é fundamental para cumprir o calendário e o planejamento. Engana-se quem pensa que o foco é uma coisa que “vai surgir em algum momento do dia”. O foco pode ser criado. Treine o seu corpo para ter foco. Comece afastando tudo que pode tirar a sua atenção: celular, televisão, páginas não vinculadas ao estudo no computador. E caso você tenha dúvidas de que isso realmente pode fazer diferença no seu processo de estudos, faça o teste por dois dias. Deixe o celular perto e ligado em um, e no outro, estude com ele desligado ou completamente fora de alcance. Mas não se castigue para obter o foco. Se o seu horário de estudo é de duas ou três horas, por exemplo, talvez uma boa ideia seja fazer pequenos intervalos: estude 40 minutos e para por cinco ou dez. Nesse intervalo, aproveite para comer uma fruta, buscar um suco ou café e pode até mesmo dar uma espiadinha rápida nas redes sociais. Mas se policie. Lembre-se que é apenas um pequeno intervalo. Ele não pode durar o mesmo período que você deixou reservado para estudar. Com disciplina, você vai desenvolver cada vez mais o foco e sem se esforçar tanto pra isso, pois já vai ser algo automático naquele período. O que você ganha com isso? Mais concentração e por consequência, melhores resultados.
4 – Avaliação de produtividade
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Após uma semana de estudos, faça uma auto avaliação, e entre novamente naquela linha dos questionamentos: em quais matérias tenho mais facilidade e em quais tenho mais dificuldades? Será que devo permanecer com o mesmo horário de aula para cada disciplina ou devo me dedicar de uma maneira diferente em algumas situações? – A partir das suas respostas, pense se você de fato está aproveitando o período que separou para cada matéria. Aprender é muito mais do que ver uma aula completa na internet ou ler cinco capítulos de um livro. Avalie o seu rendimento, o quanto realmente você tem tornado o período de estudos produtivo. Desenvolva técnicas para cada matéria: “nesta eu preciso de mais tempo para ler, então vou me dedicar um pouco mais”, “nesta tenho mais facilidade, então vou deixar por último na semana, para terminar a escala mais descansado, mas com produtividade”. Com base na sua auto avaliação, veja se sua distribuição de matérias está coerente com o tamanho do desafio que você vai encarar no dia do ENEM. Compreenda se está estudando e aprendendo os conteúdos que somam as maiores pontuações, como por exemplo, a área da matemática, que corresponde a 25% da nota do ENEM e também a parte da redação, que pode alavancar sua pontuação e abrir ótimas portas para você na hora do vestibular).
Além de seguir os quatro passos anteriores, lembre-se de cuidar da sua saúde física e emocional. Siga uma boa alimentação, tente manter o sono regulado e aproveite momentos de lazer para estar com a família, conversar com os amigos e assistir, ler/ler/ouvir conteúdos do seu interesse. Atividades físicas também podem ser um bom complemento para atravessar esse período de preparação para o ENEM, pois acarretam em mais qualidade de vida e tranquilidade para cumprir o cronograma. Conheça o aplicativo escolar Connect Escolas.